domingo, 10 de julho de 2011

Tagarelando abobadamente sobre a despedida

Quantos são os presentes sem entrega dessa nossa história? Quantas coisas não ditas, mal ditas e malditas nesse tempo em vão? E os desencontros? Tempo e espaço em contradição eterna. Eterno pesar. Triste. Triste fim de amor. Findou, sabemos. E o que há de ser agora que assumimos nossos buracos de solidão? Você... eu amei. Com tudo, como pude, quanto o amor era capaz de amar. Acreditei, dediquei, esperei e esperei por hoje. E hoje? Hoje eu vou para frente. Não olho para trás apenas porque não há nada atrás que me convide o olhar. Nem você. Ficaste, atrás, sim. Não consigo mais desejar o hoje. Aquele hoje contigo, o hoje de sonhos, de beijos de bom dia, de eternidade. Desejo o amanhã. Um outro amanhã. Noutro horizonte que pinta o céu de laranja e roxo. No nascer de um novo sol. O mundo é novo sem imaginá-lo pelos seus olhos. Meu mundo é novo. Decoraste lindamente meus antigos entardeceres, mas a vontade, meu amor, agora, é de ver o novo sol nascer e apontar o topo como quem direciona a minha alegria. E o teu pesar te impossibilita de nortear o meu desejo. Fique bem. Fique como puder ficar. A dor passa, leva tempo. O sol se põe e desponta novamente assim que possível. É sua vez de esperar.

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