Acho que eu não tinha me dado o tempo de sentir a dor. Tive a sensação de que, se eu parasse para sentir, eu não voltaria mais. Muitas vezes. Mas aí é 18 de dezembro e, de alguma forma, cheguei aqui.
Eu não tava pronta para o que veio. Para nada do que veio esse ano. Eu não tava pronta, mas a arte é esse negócio maluco que atravessa paredes e pula muros e nos expõe. E nos conta que a gente tem que lidar, tem que sentir, tem que chorar. A peça, os alunos-atores ou atores-alunos, a cor, o espaço, a época, o tema, a trilha, a luz, o formato, a falta.
Eu não sei como isso se dá, mas dormi, acordei e estou aqui de novo. Mais uma vez.
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