Por alguma razão que desconheço, talvez porque já tenha sido bem mais esperta tecnologicamente falando, meu celular brotou com fotos de milhões de anos atrás. Algumas surpresas, umas boas risadas e uma esquisita constatação de que tudo passou. Óbvio, o tempo passa, mas não é do tempo que estou falando hoje.
Pessoas de lugares diferentes, épocas diferentes e muita importância para mim... passaram. Eu chorei e sorri e aprendi e briguei e sonhei com muita gente que apareceu ali, e hoje... onde é que está a maioria dessas pessoas? Algumas ainda comigo, algumas fora do Brasil, outras fora de alcance. O que é que a gente faz da vida ou o que é que ela faz da gente que, quando se vê, tudo mudou sem nada nunca mudar?
Como é que, de repente, sem repente, a gente não cabe mais na vida de alguém ou ele na nossa?! Por quê? Se era tão bom e tão verdadeiro e intenso e tão para sempre, como é que foi acabar? É saudosismo idiota, meio que uma lamentação porque a vida andou e só agora, teoricamente meio velha pra isso, é que fui entender que tudo é cíclico e que as pessoas vão e vêm. Gente mais presente e importante é "nova", enquanto que pessoas que tiveram todo nosso coração são desconhecidas.
Será que só eu tenho uma ternura eterna pelo que se foi? Será que todo mundo se esquece? Será que a gente vive tanta coisa pra depois viver só ou para uma pessoa só?
Sei lá.
"I know I'm not the only one who regrets the things they've done.
Sometimes I just feel it's only me who never became who they thought they'd be."
Adele
0 comentários:
Postar um comentário