Quando ressurge alguma dor inatual, eu me irrito. Depois me entristeço e volto meu olhar para dentro. Aí vem o choro compulsivo e a busca por respostas sem sequer saber bem ainda o que perguntar. Para matar o tempo e também provar que nenhuma escolha é aleatória, resolvi fazer uma limpeza em e-mails antigos. Roedores asquerosos saíram de lá. Quanta gente absurda já me tomou o tempo, o sentimento e a disposição! Quanta situação estapafúrdia já tive que enfrentar e, como se sua existência não fosse suficiente, ter de dar explicações a alguém. Como é que a gente pode se dedicar tanto a qualquer coisa que não seja, também, para conservar as devidas proporções, tanto?
Concluo humanamente que nossas prioridades e investimentos emocionais mudam de endereço. Graças a Deus! Houve dores tão absolutamente profundas que hoje sequer me fazem cócegas. Entendo assim que o que dói hoje também vai passar. Ainda que seja complicado enxergar além de muros verdes e, agora, terracota. Ou que aniversários me deprimam: de morte, de sobrevida, de sub-absurda-maldosa-e-insuportável-vida. Quanta gente não me desce à garganta e não me deixa respirar. Quanta vontade eu sinto de cuspir-lhes o veneno que me obrigam a mandar pro estômago. E nessas novidades de desafetos e machucados, percebo releituras. Lamentavelmente. Exercícios de paciência? Inaptidão define.
O que dói hoje também vai passar!
Ai, como eu ODEIO agosto.
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