Sabe o que eu tenho feito em relação à pessoas que, de alguma forma, têm me machucado? Nada. Caramba. Denominei "preguiça das pessoas" essa coisa de nem me mexer pra mudar o que me incomoda. Meio que eu tô desistindo da galera. Sempre fui até o fundo pra buscar as raízes dos problemas dos meus amigos. Apenas para dizer: tô contigo; você não tá sozinho. Continuo estendendo a mão, sabe? Não nego ajuda. Só esse negócio de tomar o problema do outro como meu é que mudou. Essa história de "chorar o teu choro, sorrir teu sorriso" é linda, em música do Fundo de Quintal, mas é impossível. Sabe por quê? Porque não dou conta, meu irmão, nem dos meus conteúdos. Tem hora que olho pras minhas coisas e dá uma vontade fudida de sair correndo da minha vida. E nem super-homem eu sou pra achar que vou dar conta da minha e da sua. Eu posso e devo e vou fazer o máximo para ajudar. Mas o máximo que me for possível, porque esse negócio de carregar o mundo nas minhas costas só agrava minha lordose. Além, é claro, de que nem resolvo nada.
Nem sei te dizer ao certo em que momento eu comecei a invadir o teu espaço na intenção de te poupar do sofrimento. Que merda eu sou, hã?! Porque, né?, como é que se cresce, minha gente? É triste, sem dúvida! Mas tem coisa que a gente p-r-e-c-i-s-a viver. Necessidade mesmo! E eu tiro tua evolução achando que ainda tava fazendo um bem. Óbvio ululante que também não cheguei ao estado de não me importar. Me importo sim, só não vivo a tua dor. Ela é sua. E a minha é minha.
Não é porque entendo sua necessidade de espaço que não vou achar escrota sua atitude de sumir da minha vida. Amizade requer menos reciprocidade que o amor, mas ainda precisa de uma mão estendida de vez em quando. Se eu precisei muito mesmo dessa sua mão, mas sua crise tinha que durar três anos, temos dois fatos: 1 que você não tava bem, precisava de espaço e eu me limitei ao meu. 2 que eu precisei e você tava em crise demais pra estar comigo, o que não te faz menos ausente. Então, cara, agora eu tô com preguiça. Faço minha parte, sim, mas de fazer minha parte e a sua... não dou mais conta. O fato 1 é a tua verdade, o 2, a minha. E é isso. Entrar no teu espaço, pegar os teus conteúdos, revirar e resolver do meu jeito para você ficar bem é exaustivo (e errado). O objetivo pode até ser atingido, mas você nem se mexe enquanto eu morro aqui de cansaço físico, mental e preocupação. Quê? Não, obrigada. Não mais.
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