Queria eu não ter tanta coisa pra enumerar, mas acho que é uma forma de não perder o raciocínio porque sei que, em alguns momentos, ele vai fugir de mim. Então vamos lá. Primeiramente: eu sou uma escrota. Yeah! Mas essa tinha que ser a última, já que se deve à existência de todas as outras. Ok. Ordem das coisas também não é meu forte, como podem ver. Taí mais uma...
Olha, tenho um apego profundo às pessoas. E quando eu digo profundo, podem acreditar que, assim, é extremo! Não sei perder pessoas. Cacete!, como eu sou ruim com isso. Essa também não é uma história nova pra quem acompanha isso aqui, mas ó, nem sei. Tava olhando meu msn e vi que tem gente lá com quem não converso há anos! A-n-o-s. Não vejo e nem sei onde se encontra. Mas eu tenho uma memória de elefante quando se trata de gente que foi importante na minha vida. Então, às vezes, eu tento apagar mas... simplesmente... deixo. Deixo porque penso em algumas coisas que foram boas e... percebem o quão absurdo isso é? Tem gente que sabe nem mais meu nome! Não que eu as mantenha lá pelo que eu fui pra elas, e sim pelo que foram pra mim. Mas foram. Passado, cara. E desapego não é desamor. A gente tem que deixar as pessoas irem embora de nossas vidas. Não que eu tenha problemas pra entender que mantê-las lá não vai, de modo algum, mantê-las na minha vida. Já que, né?, não conversamos há anos. Mas parece que elas me lembram de cada pedacinho de mim que eu já tornei melhor.
As situações me lembram de como cresci e de como mudei e o que eu não entendo é porque caralhos eu tenho essa necessidade extrema de me lembrar disso! Porque, cara, já faz parte de quem eu sou. Já é natural. Eu morei em trezentos lugares, conheci trocentas pessoas e, não sei, muita coisa aconteceu. Eu me apaixonei algumas vezes. E minha intensidade absurda não me permite deixar ser apenas... isso. Alguém que faz parte da minha vida por um tempo e depois não faz mais. É a natureza dos amores. O que nos remete a mais uma das tristes verdades: demoro pra confiar. Acho que nunca confio. Porque, olha, as pessoas falam coisas lindas com a mesma facilidade que eu, sei lá, escovo os dentes. Acabo cética demais pra acreditar que eu seja inesquecível pra alguém que há 2 anos namora outra pessoa. Tipo, que? Por que não ficou comigo então, gente? É bonito e tal ter sempre esse alguém pra quem voltar, mas, cara, vai ver você não tem que voltar. Não me faz mal saber que o cara tá feliz com outra pessoa, mas me faz mal saber que ele não quer me ver feliz. Porque a vida precisa de espaço! E olha que bonito é falar sobre espaço quando você não consegue nem deletar as pessoas da sua lista de contatos.
Contraditória! Meu Deus, queria eu ser coerente! Brigo comigo todo dia por coerência e controle, mas, surpresa!, sou o caos! E se é verdade que do caos se faz a ordem, por favoooor, ela tá precisando acontecer aqui, hã! Sofro feito condenada com desilusões. Desiluções. Hahahaha. Quer dizer. Pessoa vive iludida e quando alguém vem lhe dizer a verdade, sofre. Ótimo. Sei lá se é ótimo, mas, posso falar? É real. Se verdades fossem algo fácil de lidar, esse texto seria criado com as cores do arco-iris e setinhas sorridentes! Mas, né? Não. Sou eu, meus vícios de linguagem e expressões estranhas tentando entender um pouco da bagunça que tá aqui dentro. E nãaaaaao, pelo amor de Deus, nem venha me dizer qualquer coisa sobre gostar de mim mesma e blá blá blá. Porque é justamente porque eu gosto que tô trazendo minhas verdades. Para me apropriar delas. Porque quando a gente nomeia, a gente entende. E quando a gente entende, a gente começa a lidar com elas. E então podemos resolver alguma coisa. Isso não é texto de auto piedade, é auto conhecimento, só pra esclarecer. Continuando... não confio em mim! E... acabei odiando algumas pessoas por não ter aprendido. Queria ser uma dessas pessoas das quais as outras duvidam e ela simplesmente diz: se você não acredita, é problema seu, eu vou fazer. Pra mim, se você não acredita, temos um problema, porque eu também não. Eu preciso ter essa aprovação de sei lá quem e sei lá porque. Na verdade eu sei.
Os padrões de exigência sempre foram muito altos pra mim, mas nunca tive que atingi-los pra me sentir feliz. Só para deixar alguém feliz. Então eu meio que não sei fazer as coisas por mim. Tem sempre essa... pessoa a quem preciso agradar. Caso contrário, não terá valido de nada tanto esforço. Mas, cara, e eu, meu irmão? Cheguei num ponto que, ó, preciso fazer por mim porque minhas próprias exigências existem. Meus desejos e objetivos estão aqui, cobrando de mim que eu faça algo. E, pela primeira vez na vida, eu tô querendo muito mesmo que o mundo se dane! Porque eu sempre procurei ser o melhor pra todo mundo. Estar presente, dizer coisas boas ou não dizer nada e simplesmente estar lá. E eu acho mesmo que isso seja uma coisa boa. Só acho que tudo precisa ser equilibrado. Também preciso estar presente e procurar fazer bem pra mim. Há quem veja isso como egoísmo, eu tô vendo como auto-estima. Aprendi que existe diferença e digo que, se você não sabe disso, talvez seja necessário um pouco mais de maturidade. Às vezes eu queria sumir, mas, se tem outra verdade que já consegui entender é que fugir dos seus problemas não os faz diminuir ou ir embora. No fim das contas, é você com você. E isso vai aparecer.
Agora tô aqui. Com essas novecentas linhas mal escritas e confusas, me apropriando das minhas verdades e começando a lidar com elas. Vai doer em muita gente que espera que minhas atitudes sejam para que elas aprovem, mas terão de me respeitar. Porque sou nova demais pra massacrar todos os sonhos que eu tenho e todas as coisas em que acredito. Devo ficar feliz porque ainda tenho sonhos. Acho que isso tudo apareceu agora justamente porque eles estavam indo embora. E, sinto, mas não vou deixar mesmo isso acontecer.
1 comentários:
Ela adoooro escrever... e eu adoooro ler =]
Beeeeijo
Danny
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