Adoro gente que não cobra, sabe? Que tá com a gente, quer bem e não procura uma explicação. Simplesmente percebe que você não tá legal e te estende a mão.
Cara, tenho sorte. Tenho bons amigos assim. E eu sou tão grata, porque isso me ajuda tanto! Mas, olha, tô bem. Eu acho. E eu acho, porque, né?!, ando com uma preguiça surreal de viver. Gente, nada me motiva. A faculdade tá pesando duzentos quilos, e olha minha cara de disposta a carregar.
Então, assim, eu acho que tô bem porque não tem nada me incomodando. Ou não tô pensando a respeito, pelo menos. Tô seguindo a vida tranquilamente. Parei de lamentar algumas perdas, é meio lógico, eu sei, mas acho que a gente não perde o que não tem. Entende? Só o exercício de entender que nunca tivemos é que fica doloroso.
Só que a gente se acostuma. E, cara, não existe dor que não passe. Aprendi isso com a própria dor. Tem coisas que não tenho mais e que, talvez, eu vá amar pra sempre, mas vivo sem. E vivo bem. Porque amar, ao meu ver, é libertar. Então tô me libertando pra viver também. Primeiro ato de amor próprio em um longo tempo.
No mais, tá tudo indo. Essa gripe abençoada não me abandona, não respiro direito, não durmo, por consequência. Acabei pagando minha língua fazendo um negócio que disse que não ia fazer. Tenho dois tios internados e ando cansada de tentar insistentemente lutar com coisas que não funcionam. De repente o negócio é mesmo outra alternativa, outro caminho. Será que fazer nada é um caminho? Porque me parece, e muito, com o tal esperar.
"Para o tempo ser o melhor remédio, só se durasse no máximo 2 minutos. Assim poderia ser um supositório que nem ligava." FY
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