"Este ano recebi um presente que certamente ninguém teve igual. Fui pra casa, despreocupadamente, e junto à árvore de natal encontrei um bilhete singelo que em poucas palavras dizia: meu amor, eu ainda te quero, mas por certo lá fora há mais alegria."
As mais lindas músicas que conheço, de Cartola a Tom Jobim, falam do amor que não deu certo. De alguém que se foi. Dessa dor funda que traz uma curiosa ambiguidade. A dor que queremos arrancar é a mesma pela qual tanto lamentamos quando não temos, quando não sentimos.
As mais lindas músicas que conheço, de Cartola a Tom Jobim, falam do amor que não deu certo. De alguém que se foi. Dessa dor funda que traz uma curiosa ambiguidade. A dor que queremos arrancar é a mesma pela qual tanto lamentamos quando não temos, quando não sentimos.
A gente passa a vida dizendo que quer encontrar o amor. Um amor que faça feliz, que traga a paz. Mas, cara, a gente não quer a paz. A gente chora pela falta do vendaval quando o quintal está silencioso demais. Questionamos a ausência da chuva, das tempestades e dos trovões que nos fazem querer deitar sob um edredom quentinho e encostar os pés no amor. No amor que aquece. Porque a gente quer, de verdade, os amores que nos raaaaaaaasgam por dentro. Que fazem o peito ficar dilacerado, que doem fundo. A gente gosta de ficar horas pensando, e encher a boca pra dizer que sofreu. E gritar pro mundo que "é mágoa"... e depois chorar como se o chão tivesse sumido. E depois sorrir porque alguém volta.
Ir do topo ao chão e sentir que vale a pena, e querer mais, e querer sempre, e querer sempre mais.
1 comentários:
"Ir do topo ao chão e sentir que vale a pena"
existe um ciclo mais estúpido e bonito que esse?
(fica a vontade de descobrir)
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