Hoje eu queria voltar no tempo. Voltar ao momento em que ele não me doía mais, porque esse momento existiu. Eu sofri e me reergui sozinha, vendo tudo o que ele me esfregava na cara, toda sua alegria e paixão. Tirei forças de onde nem imaginava ser possível e sorri pra vida de cabeça erguida outra vez. E fui tão forte que o recebi de braços abertos, no lugar em que muitas pessoas lhe fechariam as portas. Vivemos numa constante inconstância. Idas e vindas e idas e vindas e ida. Doída ida, mas a dor também se foi. Com muito custo, equilíbrio, paciência e controle. Porque há que se reconhecer que sou bastante controlada. Tudo sempre discretamente. O dizer sem dizer, o sentir sem mostrar, o me fazer entender a um e ser uma incógnita a outros. O amor, o companheirismo que passou por cima de tudo, tudo o que me foi feito, tudo o que foi sentido. Da pessoa mais amada à pior das criaturas, em segundos. Eu sinto por ele ainda ter este poder, e me lembro saudosa de como foi boa a oportunidade (distante) de me levantar. Mas o valor que as coisas têm, é o valor que damos a elas, exatamente. Nem mais, nem menos. E eu sei que estou triste porque, mais uma vez, valorizei demais o que me faz mal. Já que, no fim das contas, sempre faz mal. Saí da cama no dia errado.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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4 comentários:
Nossa, um dia eu vou conseguir expressar o que sinto dessa forma tão simples. Toda a minha busca se resume a isso, simplicidade!
"Eu sinto por ele ainda ter este poder, e me lembro saudosa de como foi boa a oportunidade (distante) de me levantar."
Perfeito, adorei este post!!!
Bjo
"Hoje eu queria voltar no tempo."
Nossa conexão permanece; tuas palavras me tocam no fundo.
Queria poder saber que o meu abraço levaria tua dor, e mais ainda: queria poder estar aí pra sentir com você.
Te amo,
Saudades imensas.
Queria ter um diamante pra arracar essa tua tristeza. Mas só tenho pedras sujas que formam, na silhueta, uma flor.
Beijos
Uma flor já ajuda, obrigada. =]
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